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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Até Quando?

Em algum lugar do tempo ;

A vida me convidou para conhecer os palcos de uma forma intimista. Mais ou menos por 02 anos e meio contracenei ao lado do grupo de teatro " Até quanto", foram momentos de magia, aprendizado e amor.

Nosso carro chefe era o musical inspirado nas trilhas do cantor Gabriel pensador, defendíamos a liberdade de expressão independente de sua classe, raça, opção sexual ou religião.

Em meio aos nossos ensaios e apresentações fui construindo o amor por todo o elenco, éramos uma família unida, tínhamos confiança uns nos outros e nos reconhecíamos pelo olhar.

Sempre soube que eu era um peixe fora daquela água, nunca fui o melhor ator ou cantor, na verdade acho que nunca cheguei a ser um. Eu estava ali porque o destino me colocou, então simplesmente resolvi viver e amar tudo aquilo. Me entreguei, pulei, chorei, me diverti, tive medo, loucura. . . . posso dizer que foi muito prazeroso e sou extremamente GRATO!

As vezes relembro daquela época com lagrimas nos olhos por talvez nunca mais reviver aquela loucura de sentimentos e também por hoje aquela família não ser mais mesma, as vezes me sinto um desconhecido ou até mesmo inimigo para alguns deles, isso é bem triste , dói!

A vida separa as pessoas que gostaríamos que fosse para sempre nossos "ombro amigo", as vezes mudamos tanto que ao se esbarrar na rua, o famoso abraço já não é mais tão caloroso. As ligações vão diminuindo e as visitas então,nem se fale! Não são erros seus ou meus sei lá,  simplesmente acontece.

Somos animais em metamorfose ambulantes , erramos e acertamos todos os dias, nesse processo de evolução não é nada incomum nos esquecer do quanto algumas pessoas foram importantes para nós. Nesse processo de evolução o mais comum é super valorizar pequenos erros e esquecer de todos os acertos. Nesse processo de evolução é mais fácil deixar a vida nos levar para longe  do que tentar fazer da nossa distancia um simples acaso e não uma determinação de separação. ( As vezes chega arrancar partes de nós esse processo de evolução e seu sistema )

Eu nunca entendi muito bem esse negócio da vida, como não mais poder . . .

* Correr em direção ao Alê Callegares e pular em seu colo dizendo simplesmente bom dia. Cantar horas e horas parando até mesmo o tempo.

* Ter o ensinamentos e puxões de orelho da mãezona Fernanda Bonomo, ou até mesmo eu rasgando a calça com ela no meio da rua pulando a lombada.

* Ficar olhando para nuvens com a Nany Fernandes, brincado de encontrar formas. Rindo e sorrindo, as vezes incontrolavelmente nos ensaios.

* Comer as tão gostosas tortas quase vegetarianas da Tia Callegares ou simplesmente fumar cigarrinho ( Que coisa Feia ! )

* Receber o cafuné da Dressa Callegares e escutar ela dizer Marcelinho.

* Ver o Caio naquele tamanho todo em performances do HSM e com seu coração todo mole, brigando comigo.

* Ser modelo para os incríveis desenhos do VIC e acompanhar sua grandes vitórias

* Ser encantando pela imensidão de sonhos contida no brilho da Mari MAR

* Ficar bem perto da poderosa voz da Nega ( Erica Cardial )

* Observar o Tico passando a coreografia da música TIC TAC dos menestréis nos intervalos ou indo em sua casa no interior para simplesmente ficar sem fazer NADA.

* As palhaçadas espontânea e cheia de criatividade da Jessica Bortolato.

* As risadas, voltas nas praças e nossas cantorias no violão do Felipe Araujo.

* Me arrepiar dos pés a cabeça vendo a Lara e sua elasticidade. Me apaixonar por seu jeito menina/mulher de ser, vitoriosa e extremamente Talentosa.

* Ver o Thomas " na figurino " do espetáculo Há traídos. ( rsrss)

* Ver o Curirin na platéia quase dormindo, palpitando, participando no seu jeito observador.

* Estar na plateia vendo a Mayra Felipin nos palcos se entregando em alguma cena.

* Ver a Gi em cena ou cantando, tão determinada , focada, apaixonada pelos palcos . . . simplesmente determinada a fazer daquilo um membro de seu corpo.

* Nosso diretor musical Renato, com seu olhar analitico e sua presença certeira. Seus conselhos, seu silencio, sua presença!

* * * * ESTAR TODO MUNDO REUNIDO ANTES DA CORTINAS SE ABRIR, FAZENDO SOMENTE UMA PERGUNTA " ATÉ QUANDO?"

Naquele dia eu aprendi que Amo demais essa minha família. Aprendi que mesmo se eles não conseguirem mudar o mundo para melhor, deixaram sua marca registrada em algum lugar do tempo!






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